A total of 1,829 Brazilian public health professionals were interviewed, such as doctors, nursing professionals, community agents and others, during the month of March 2021. The results reinforce the neglect of public authorities in relation to these professionals and the lack of progress after more than a year of pandemic, when the country is experiencing an unprecedented health and hospital collapse.
Almost all respondents (96.6%) said they knew a co-worker with suspected or diagnosed COVID-19, 87.6% were afraid of the disease, 72.6% did not receive training, 80.2% felt that their mental health was negatively affected by the pandemic and only 19% received support to take care of their mental health. Poor administration of the pandemic by the Federal Government, scientific denialism and fear of exposing the family to the virus are among the greatest concerns of these professionals. Community Health Workers (CHW), mostly female and black, are those who, in general terms, receive less personal protective equipment (PPE), less training to cope with the pandemic, less testing and feel less supported by direct supervisors and governments; doctors and, in some cases, nursing professionals face the pandemic in better working conditions and with greater institutional support – even though, in the case of these professions, conditions are also poor and support is low.
Oito de cada dez profissionais de saúde pública brasileiros relatam exaustão emocional após um ano de pandemia
Fechando a semana mundial dos profissionais da área da saúde, divulgamos os resultados da quarta fase do survey “A pandemia de Covid-19 e os(as) profissionais de saúde pública no Brasil”, realizado pela Fundação Getúlio Vargas em parceria com a Fiocruz, a Rede Covid-19 Humanidades e o projeto Gênero & Covid-19. Foram entrevistados 1829 profissionais da saúde do setor público de todo o Brasil, como médicos, profissionais de enfermagem, agentes comunitários e outros, durante o mês de março de 2021. Os resultados reforçam o descaso do poder público em relação a esses profissionais e a falta de avanços após mais de um ano de pandemia, quando o país vive um colapso sanitário e hospitalar sem precedentes. Quase todos respondentes da pesquisa (96,6%) afirmaram conhecer algum companheiro de trabalho com suspeita ou diagnóstico de Covid-19, 87,6% sentem medo da doença, 72,6% não receberam treinamento, 80,2% sentiram que sua saúde mental foi negativamente afetada pela pandemia e apenas 19% receberam apoio para cuidar da saúde mental. Má condução da pandemia pelo Governo Federal, negacionismo científico e medo de expor a família ao vírus estão entre as maiores preocupações desses profissionais. Os Agentes Comunitários de Saúde e de Combate a Endemias (ACS/ACE), categoria majoritariamente feminina e negra, são os que, em termos gerais, recebem menos equipamentos de proteção individual (EPI), menos treinamento para o enfrentamento adequado à pandemia, menos testagem e se sentem mais desamparados tanto por superiores(as) diretos quanto por governos; médicos(as) e, em alguns casos, profissionais de enfermagem enfrentam a pandemia em melhores condições de trabalho e com maior apoio institucional – ainda que, também no caso dessas profissões, as condições sejam ruins e o apoio seja baixo. Saiba mais sobre o survey em: link